quarta-feira, 20 de abril de 2011

|||Mensagem de Páscoa|||

|||ELE CONTINUA CONOSCO||| 

A ultima palavra dele não foi “ciao”, como dizem os italianos. Nem “good bye”, como os americanos. Nem “adeus”, como nós dizemos. Não foi palavra de quem parte. Foi de quem fica: “eu vou estar com vocês todos os dias, enquanto o mundo for mundo”.

Após a Ressurreição, se um apóstolo caminhava sozinho, tinha certeza de que Ele caminhava ao lado. Sabiam que Ele não precisava de porta nem janela abertas para entrar. Por isso mesmo, a conversa com Ele continuou, como se ainda estivessem naquela plenitude dos tempos. Sem vê-lo, sem ouvi-lo, longamente, Pedro, João, todos conversavam com Jesus, do mesmo jeito que conversaram durante aqueles três anos. Sabiam que Ele estava mais perto de todos do que a sombra, de cada um. Quando Jesus se sumiu dos olhos deles, até parece que ficou mais perto do coração.

Havia ameaças e perigos. Mas a lágrima era mais doce e a dor doía menos. Nunca apóstolo se sentiu sozinho. Nenhum passava um só dia sem conversar com quem conversaram durante anos. Quando a saudade apertava mais, se lembravam daquela Ceia final, de despedida, quando consagrou o pão, o vinho. Disse-lhes: “façam assim, cada vez que tiverem saudade de mim”.

Tão perto de mim, assim, Ele sabe tudo. Conhece minha lágrima, sorriso, esperança, medo, saudade, alegria, tristeza, dor. Como quem o conheceu com os olhos da carne, sem Ele não sei mais viver. Converso com Ele cada dia. E assim que provo, a mim mesmo e ao mundo, minha fé no Ressuscitado. Estou falando sozinho? Não, estou convencido de quem estiver morto e hoje está vivo.

Mas tenho que confessar uma coisa: por vez Ele me embaraça tanto que nem sei o que fazer. Naqueles dias de ressurreição, Madalena viu um jardineiro. Não sabia quem era. Felizmente, não o maltratou. Era Ele. Um estranho entrou na conversa dos irmãos de Emaús, sem pedir licença, sem ser convidado. Não sabia que era felizmente, não o maltrataram. Era Ele. Pedro e João pescavam, quando alguém da margem do lado, lhes gritou um palpite: lancem a rede daquele lado! Não sabiam quem era. Felizmente não o maltrataram. Era Ele.

Naqueles dias, se um apóstolo aparecesse um mendigo, um gago, daqueles que não dá para a gente esperar o fim da frase garanto que o apóstolo se enchia de medo de qualquer grosseria. Poderia ser Ele. Na minha casa o telefone toca. E Ele. O mendigo diz a que veio. E Ele. Na rua, o bêbado incomoda. E Ele. Tenho dó dos milhares de famílias sem teto, de adolescentes prostituídas, dos desempregados, dos milhões de menores abandonados. E como se tivesse dó dele. Por trás de qualquer sombra humana, eu o abraço. Tudo isso é Ele. Tinha apenas 33 anos e é contemporâneo de todo o homem que vem a este mundo.

Em minha vida, nada pode acontecer de mais importante do que ter uma experiência de viver com Ele. Quem a teve lamentou não a ter começado antes. Este homem está vivo, bem pertinho de mim. Chegou a minha vez de fazer essa experiência de vida com Ele.

(Texto de Chico Pereira)

Quem aprende a verdadeira LIÇÃO da Páscoa se torna MESTRE da VIDA!

Luz Divina! Feliz Páscoa!

Elton Bruno e Ana Rita
|||Gestores da Escola de Amigos!|||
Educação sem PREconceitos!

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